Este
dia, poderia passar em branco como tantos outros, mas acabou
tendo significado especial para os amantes dos velhos tempos,
da robustez e da facilidade da manutenção:
neste dia, saiu da linha de montagem o último Volkswagen
Beetle (Fusca, para os brasileiros).
Com
projeto datado dos anos 30, é surpreendente que um
carro tenha sobrevivido ao tempo quase sem modificações.
Desde que foi lançado, apenas evoluiu em alguns aspectos,
sempre mantendo o custo-benefício como seu principal
atributo.
Mas...
da história do Fusca, a maioria já sabe. Existem
livros e livros sobre o assunto, documentários de
TV, enfim, muita coisa. Sobre o Ultima Edición, série
de 3000 veículos fabricados antes do fim, pouco se
fala.
O
Ultima Edición é uma série comemorativa
do bom e velho Fusca, fabricada no México, que tratou
de encerrar a produção do veterano modelo.
Disponível em 2 cores (Bege Lunar e Azul Aquarius),
é bem diferente dos últimos Fuscas produzidos
por aqui (a famosa série Itamar). Seus vidros são
maiores, e o pára-brisa mais amplo procura diminuir
a sensação de claustrofobia inerente ao pequeno
carro da Volkswagen. Atrás dos vidros laterais traseiros,
falta a tradicional grelha preta de plástico, suprimida
por mero corte de custos de produção.
Ainda
por fora, nota-se a ausência dos piscas nos pára-lamas
– eles desceram para os pára-choques, solução
usualmente adotada por aqui, por aqueles que gostam de personalizar
seus veículos. Olhando ao redor, logo salta aos olhos
uma outra fechadura, no pára-lama dianteiro do lado
do motorista (oposto ao bocal do tanque), que aciona o alarme
(sim, alarme!).
Continuando
o 360 graus ao redor do carro, percebe-se que o “nariz”
que abriga a luz da placa é diferente – tem
ressaltos na sua superfície, detalhe meramente estético
e que nunca houve por aqui. Pára-choques cromados,
lanternas de melhor iluminação... e um calombo
na parte inferior à tampa do motor. Que calombo é
esse? No nacional, a saia traseira do Fusca era plana, e
no Mexicano tem esse ressalto graças ao grande catalisador
e silenciador, que visam atender às (razoavelmente
rígidas) normas anti-poluição mexicanas.
A saída do escape é na traseira mesmo, e não
no pára-lama dos “Itamar”, mas individual
e do lado esquerdo.
Impossível
não se apaixonar conforme se vai olhando os detalhes.
As rodas, pintadas na cor do carro, receberam, calotas cromadas,
além de pneus com faixa branca. Sem dúvida,
um visual de muito bom gosto aliado aos outros cromados
externos do veículo, como frisos e maçanetas.
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