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[[ Volkswagen Fusca Ultima Edición ]]

Texto: Thyago Szöke
Edição: Ignacio Montanha
Data: 24/10/2004

30 de Julho de 2003.

Este dia, poderia passar em branco como tantos outros, mas acabou tendo significado especial para os amantes dos velhos tempos, da robustez e da facilidade da manutenção: neste dia, saiu da linha de montagem o último Volkswagen Beetle (Fusca, para os brasileiros).

Com projeto datado dos anos 30, é surpreendente que um carro tenha sobrevivido ao tempo quase sem modificações. Desde que foi lançado, apenas evoluiu em alguns aspectos, sempre mantendo o custo-benefício como seu principal atributo.

Mas... da história do Fusca, a maioria já sabe. Existem livros e livros sobre o assunto, documentários de TV, enfim, muita coisa. Sobre o Ultima Edición, série de 3000 veículos fabricados antes do fim, pouco se fala.

O Ultima Edición é uma série comemorativa do bom e velho Fusca, fabricada no México, que tratou de encerrar a produção do veterano modelo. Disponível em 2 cores (Bege Lunar e Azul Aquarius), é bem diferente dos últimos Fuscas produzidos por aqui (a famosa série Itamar). Seus vidros são maiores, e o pára-brisa mais amplo procura diminuir a sensação de claustrofobia inerente ao pequeno carro da Volkswagen. Atrás dos vidros laterais traseiros, falta a tradicional grelha preta de plástico, suprimida por mero corte de custos de produção.

Ainda por fora, nota-se a ausência dos piscas nos pára-lamas – eles desceram para os pára-choques, solução usualmente adotada por aqui, por aqueles que gostam de personalizar seus veículos. Olhando ao redor, logo salta aos olhos uma outra fechadura, no pára-lama dianteiro do lado do motorista (oposto ao bocal do tanque), que aciona o alarme (sim, alarme!).

Continuando o 360 graus ao redor do carro, percebe-se que o “nariz” que abriga a luz da placa é diferente – tem ressaltos na sua superfície, detalhe meramente estético e que nunca houve por aqui. Pára-choques cromados, lanternas de melhor iluminação... e um calombo na parte inferior à tampa do motor. Que calombo é esse? No nacional, a saia traseira do Fusca era plana, e no Mexicano tem esse ressalto graças ao grande catalisador e silenciador, que visam atender às (razoavelmente rígidas) normas anti-poluição mexicanas. A saída do escape é na traseira mesmo, e não no pára-lama dos “Itamar”, mas individual e do lado esquerdo.

Impossível não se apaixonar conforme se vai olhando os detalhes. As rodas, pintadas na cor do carro, receberam, calotas cromadas, além de pneus com faixa branca. Sem dúvida, um visual de muito bom gosto aliado aos outros cromados externos do veículo, como frisos e maçanetas.


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