Santana CD - 1986 |
Desde o seu
lançamento em 1984 o Santana possuía um grande requinte de luxo, e a partir de 1986
estava mais completo do que nunca.
O ar-condicionado era extremamente
necessário, pois o projeto do Santana possui um pára-brisas que acabava na altura da
cabeça do motorista, portanto o ar corrigia o incômodo que o sol causava, ao motorista e
ao passageiro. Com esse novo equipamento o consumo também aumentava em torno de 5%. Com o
compressor de 35kg instalado no motor, os engenheiros resolveram mexer na suspensão
dianteira e endurecer em torno de 15%.
A direção hidraúlica trazia um enorme conforto em baixas velocidades, facilitando e muito nas manobras, que podia ser feita com somente um dedo, além de conforto, a direção era progressiva, ou seja, seu auxílio hidráulico ia diminuindo à medida que aumentava a velocidade, dando uma segurança maior aos ocupantes, caso houvesse algum movimento brusco no volante. Esse equipamento aumentava o consumo em torno de 2%.
Câmbio automático,
condenado por alguns, mas indiscutivelmente um fator de conforto e de tranquilidade, para
quem não gostava de ficar pisando na embreagem e acionando a alavanca do câmbio a cada
10 segundos no confuso e congestionado trânsito das grandes cidades. Com a nova
transmissão, o motor do Santana também ganhou as mesmas modificações que o motor da
Quantum, com válvulas de escape maior, novas bielas e pistões mais leves, obtendo 2
cavalos a mais.
Com todo esse conjunto o Santana CD 1986 era um carro gostoso e
simples de dirigir, bastava colocar a alavanca de câmbio no D, de drive, e acelerar, o
carro correspondia ajudado por uma adequada relação entre as três marchas, depois era
só acostumar com a falta do pedal da embreagem, que logo acontecia. As reduções também
era feitas automaticamente, mas você podia ajudar nas retomadas de velocidade, pisando
fundo no acelerador, e nas freadas mudando manualmente a alavanca do câmbio para a
segunda ou até para a primeira. Caso você quisesse retomar da segunda para a terceira
sem querer tocar no câmbio, era só pisar no fundo do acelerador, uma vez feito isso, o
pedal comprime um botão que está logo abaixo do mesmo, o chamado kick-down, e essa era a garantia de que o câmbio
só retornaria à marcha mais longa quando o motor atingisse os 5000rpm. Vale a pena
conferir.