VW Gol Total Flex, primeiro bicombustível brasileiro |
Texto: Press-Release VWB
Imagens: Divulgação VWB
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Data: 21 de Março de 2003 |
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A Volkswagen sai na frente e lança nesta segunda-feira, 24 março, o Gol Total Flex, primeiro modelo nacional a utilizar a tecnologia que possibilita o uso de dois combustíveis - seu motor funciona com álcool e/ou gasolina, garantindo flexibilidade de escolha e mais economia para o consumidor. As encomendas do novo carro poderão ser feitas por meio do site da montadora www.vw.com.br, a partir de 24 deste mês – dia em que também ocorrem as comemorações dos 50 anos da empresa no Brasil.
Para o consumidor, o funcionamento do Gol Total Flex é bem simples. O motor trabalha com álcool, gasolina ou a mistura dos dois combustíveis em qualquer proporção dentro de um único tanque. Por trás dessa simplicidade aparente está um poderoso programa de computador, o SFS - Software Flexfuel Sensor - que identifica e quantifica a mistura entre álcool e gasolina no tanque, usando informações recebidas de sensores que já existem em todo o sistema de injeção de combustível, entre eles: os de temperatura; velocidade; rotação e a sonda lambda localizada no escapamento. Com isso, a ECU - Unidade de Comando Eletrônico - adapta o funcionamento do motor ao combustível, mantendo a performance do veículo.
Com a adoção dessa tecnologia, o Gol - há 16 anos ininterruptos o modelo mais vendido no País - renova seu histórico de pioneirismo tecnológico, já que em 1988 foi o precursor na utilização da injeção eletrônica em carros brasileiros. A Volkswagen é pioneira também em uma série de inovações em termos de tecnologia. Foi a primeira a adotar o sistema antitravamento de freios (ABS) em veículos nacionais, e a primeira a oferecer o catalisador como item de série em seus produtos, além de ser pioneira no desenvolvimento de motores 1.0 multiválvulas e turbo.
O Gol Total Flex que está sendo lançado é um modelo Power equipado com o motor AP 1.6, que apresenta uma potência que varia de 97 cv (gasolina) a 99 cv (álcool), dependendo do combustível utilizado. A taxa de compressão utilizada foi a mesma do motor a gasolina: 10:1. As diferenças de desempenho e dirigibilidade do carro com 100% de álcool ou 100% de gasolina são mínimas. O sistema Total Flex do Gol é fornecido pela Magneti Marelli.
Além da utilização da nova ECU, o Gol Total Flex tem alguns poucos diferenciais com relação às versões gasolina e álcool. Alguns exemplos: o Cânister, sistema de emissões evaporativas, foi trazido do carro a gasolina; o sistema de partida a frio veio do carro a álcool; o coletor de admissão foi alterado para receber partida a frio; as válvulas injetoras têm vazão ampliada; as válvulas de escape ganharam material stelite para evitar corrosão; as sedes de válvula tiveram material alterado também contra corrosão; a bomba de combustível é diferente; o comando de válvulas teve o momento de abertura e fechamento (timing) das válvulas alterado; as velas foram especialmente desenvolvidas para o novo carro e; além disso, o veículo ganhou sensor de rotação, o mesmo sistema do motor EA 111, que elimina o uso do distribuidor de ignição.
Por conta do acréscimo tecnológico que permite ao motor usar os dois combustíveis em qualquer proporção, o Gol Total Flex custará cerca de R$ 950,00 a mais do que a versão a gasolina.
A nova tecnologia deverá abrir novos mercados de exportações para a Volkswagen e para o Gol em particular, principalmente por países como China, Índia e Austrália, que já demonstram interesse no álcool como combustível. A Volkswagen é a maior exportadora de veículos do país e o Gol o modelo mais exportado da história, com mais de 320 mil unidades vendidas fora do país.