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Atualização de Motor e Câmbio - Golf IV

Texto: Press-Release VWB
Imagens: Divulgação VWB

Data: 14 de Março de 2001

 

Motor EA 111 1.6 com 101 cv e cabeçote RSH

Com motor e câmbio novos e muita eletrônica embarcada, o Golf 1.6 que está chegando aos concessionários Volkswagen proporciona um conforto de marcha muito acima da média dos carros de sua categoria. Comparado ao modelo anterior, o novo Golf tem retomadas de velocidade mais rápidas, engates mais precisos e suaves e um nível de ruído interno menor.

 

Além disso é mais econômico, tem melhores índices de emissões e passa por obstáculos e lombadas com mais facilidade, pois tem vão livre do solo 4 centímetros maior. Outra vantagem: o novo Golf mantém o preço da versão anterior, apesar de todo o progresso tecnológico incorporado a sua mecânica, inclusive o inédito sistema de aceleração eletrônica E-Gas com "filosofia de torque".

O novo motor 1.6 do Golf é da família EA-111, a mesma que equipa o Gol e a Parati 1.0 Turbo. Foi projetado e desenvolvido pela Volkswagen do Brasil visando, principalmente, a nacionalização de seus componentes. Outros objetivos: manter o desempenho e o peso do motor importado que equipava o Golf; melhorar a dirigibilidade do carro; reduzir ou manter o consumo de combustível.

Todas essas metas foram alcançadas ou melhoradas: o índice de nacionalização saltou de 24% para 73%; aceleração, potência e velocidade máximas permaneceram praticamente inalteradas; o motor ficou 1.5 kg mais leve, apesar de ser de ferro fundido (o bloco do EA-113 importado era de alumínio); houve um considerável aumento de torque em baixas e médias rotações; as acelerações e retomadas são feitas com mais conforto, sem solavancos; e o consumo melhorou em até 4%.

 

Duas inovações tecnológicas são responsáveis por boa parte da ótima performance apresentada pelo Golf 1.6: o sistema RSH de acionamento de válvulas e o acelerador eletrônico (também conhecido como drive by wire) E-Gas com filosofia de torque.

 

Balancim com rolamento

O sistema RSH de acionamento de válvulas (do alemão rollenschlepphebel ou balancins acionados por rolamentos) tem maior eficiência mecânica. Ele reduz o atrito entre partes móveis do motor, com benefício para o consumo, entre outros. Num processo tradicional, os ressaltos do eixo comando de válvulas se arrastam sobre os tuchos de válvulas. No novo motor do Golf 1.6 os cames deslizam sobre rolamentos.

O sistema tem, também, tuchos hidráulicos que eliminam folgas, diminuem os níveis de ruido e, por serem de reduzido tamanho, facilitam a refrigeração das câmaras de combustão. Melhorias que vão proporcionar mais desempenho e performance para o motor.

 

Acelerador inteligente

O gerenciamento E-Gas com filosofia de torque elimina o cabo do acelerador, como todo sistema drive by wire, e tem outras vantagens exclusivas. Ele é um sistema "inteligente" que interpreta a pressão sobre o pedal do acelerador como sendo o torque (a força) que o motorista está querendo tirar do motor. E, a partir daí, processa uma infinidade de cálculos para atender à solicitação do motorista, levando em consideração as condições ideiais de consumo, emissões, preservação dos componentes e melhor dirigibilidade. O novo sistema de gerenciamento tem cerca de 5 vezes mais parâmetros do que uma injeção eletrônica convencional. Além disso, dois processadores de 20 mega-Hertz cada um, os mais rápidos usados pela Volkswagen no Brasil, garantem a rapidez e a precisão dos cálculos.

Maior conforto ao dirigir e menores consumo e emissões são as principais vantagens proporcionadas pela filosofia de torque desenvolvida pela Volkswagen. Com ela, por exemplo, o motor não perde força quando o ar condicionado é ligado, situação que normalmente exige uma carga adicional no acelerador para manter a mesma velocidade. No Golf 1.6, o gerenciamento "inteligente" providencia uma abertura extra da borboleta, quando o ar condicionado é acionado e rearranja todos os outros parâmetros do motor, sem nenhuma intervenção do motorista.

Graças ao E-Gas, também, o motorista não sente nenhuma diferença em dirigir ao nível do mar, nas montanhas, com combustível de menor octanagem, com motor frio ou quente. Em todas essas situações, a ECU define a melhor receita para o motor fornecer o "torque" solicitado. E tudo acontece suavemente, sem solavancos, privilegiando o conforto ao dirigir, a economia de combustível e as emissões, entre outros parâmetros.

 

Lubrificação, filtro e coletores

Para equipar o novo motor EA-111 1.6, a Volkswagen do Brasil desenvolveu um cárter híbrido: a parte superior é fundida em alumínio e serve de elemento de fixação do câmbio; a inferior é de chapa, mais adequada às condições de piso do Brasil.

O filtro de ar também tem conceito inovador. Além da função específica, ele se destaca como elemento estético de cobertura do motor. É fixado por quatro coxins de borracha e tem uma câmara de ressonância para atenuar ruídos.

O coletor de admissão é de poliamida reforçada com fibra de vidro. Seu desenho e dimensões foram projetados para melhorar o torque em baixas rotações. O coletor de escape foi desenvolvido em computador visando oferecer baixa resistência ao avanço dos gases. É fundido em ferro com liga de níquel.

 

1.200.000 km em testes de rodagem

O desenvolvimento do novo motor EA-111 1.6 litro teve um investimento de R$ 22 milhões e 18 meses de trabalho, envolvendo cerca de 350 pessoas da engenharia de Projetos, Experimental e de Qualidade, além de um extenso programa de testes para certificação de seus componentes. Oitenta motores rodaram 18.000 horas em dinamômetros e 50 carros percorreram 1.200.000 quilômetros em testes de rodagem pelo mundo.

 

Câmbio tem carcaça de magnésio

A transmissão do Golf 1.6 também tem características revolucionárias: a nova caixa de câmbio MQ-200 é compacta, pesa só 29.5 kg, tem excelente precisão e conforto de engates. Sua carcaça é fundida em magnésio, material de mesma resistência estrutural do alumínio, com a vantagem de ser mais leve e de absorver melhor os ruídos. O acionamento externo é feito por cabo e o interno por garfos oscilantes apoiados em rolamentos, como os balancins do motor. A embreagem é hidráulica.

 

Investimento em São Carlos

Para a fabricação do novo motor 1.6 do Golf, a Volkswagen investiu R$ 4 milhões na Fábrica de Motores de São Carlos. Foram instaladas novas máquinas e estações de trabalho, além de um robô que faz a montagem da bomba de óleo. Todos os outros motores produzidos atualmente na planta foram beneficiados com as modificações. Desde sua inauguração, em outubro de 1996, a fábrica já recebeu R$ 305 milhões em investimentos.

Projetada para produzir com a mesma qualidade das melhores indústrias européias, a Fábrica de Motores de São Carlos tem capacidade para até 2.850 unidades por dia. Foi uma das primeiras do Brasil a conquistar o certificado ambiental ISO 14001. Com 35 mil m2 de área construída em um terreno de 7.5 milhões de m2, a planta tem 780 funcionários, entre empregados VW e terceirizados. Atualmente são duas as linhas de montagem: EA-111, que faz o novo motor 1.6 do Golf e os motores 1.0 para Gol e Parati (também exportados para Argentina e Espanha) e EA-113, que produz os demais motores do Golf, do Audi A3 nacional e o 1.9 diesel para exportação.

A Fábrica de Motores de São Carlos tem uma das linhas de montagem mais racionais e produtivas da indústria automobilística nacional. É monitorada por computadores, que permitem a imediata identificação de problemas de montagem.

Nas linhas, os empregados possuem controle total das operações, inclusive do tempo. Os motores são transportados em pallets (suportes) individuais. O montador opera em seu posto de trabalho e, ao terminar a tarefa, libera o pallet para o seguinte. Os pallets movem-se sobre uma esteira, acionada por um botão de comando.

O sistema utilizado em São Carlos difere do tradicional, que prevê intervalos rígidos de tempo. Na fábrica da Volkswagen, os montadores têm o controle total de suas operações, o que representa maior qualidade. As ferramentas e a esteira rolante estão colocadas em uma altura ergonômica, mais confortável para o empregado.

Cada pallet possui um sistema de armazenamento de dados, sincronizado com o computador central da linha de montagem. No início, o pallet registra o motor que está sendo transportado. A cada posto de trabalho, o sistema grava um histórico das operações realizadas no motor. Em caso de problemas, o computador identifica e registra o erro, facilitando a correção e evitando que falhas ocorram em outros motores.

 

Sete robôs na linha

A Fábrica de São Carlos foi a primeira fábrica de motores no Brasil a usar robôs. Eles são sete na linha EA-111 e executam as operações que exigem maior esforço físico e precisão.

O primeiro robô pega o bloco do motor, de cerca de 40 quilos, e o conduz para a estação de lubrificação, que é realizada automaticamente. Em seguida, ele monta dois pinos de guia para posicionamento da junta do cabeçote e gira o bloco do motor para a próxima operação. O segundo faz a montagem de quatro pinos para a instalação das flanges de vedação e coloca o bloco do motor em posição para a próxima operação.

O terceiro robô foi adquirido recentemente. Ele faz a instalação da flange dianteira do motor e da bomba de óleo. O quarto sacode o bloco para eliminação de eventuais resíduos e posiciona o conjunto para a aplicação de uma camada de cola de silicone, que funciona como junta de vedação do cárter.

O quinto robô coloca o cárter junto ao bloco do motor, para posterior parafusamento, feito por apertadeiras elétricas, e prepara o motor para a etapa seguinte, virando o conjunto. O sexto coloca o cabeçote sobre o bloco, para posterior parafusamento.

Finalmente, o sétimo robô coloca óleo no motor. São 3.5 litros por peça, com abastecimento controlado eletronicamente. Como os motores de exportação usam lubrificantes diferentes, o robô identifica o motor que está sendo montado e seleciona o óleo correto.

 

Respeito ao meio ambiente

A Fábrica de Motores da Volkswagen de São Carlos foi a primeira planta VW fora da Alemanha e uma das primeiras da indústria brasileira a conquistar o certificado ambiental ISO 14001, em dezembro de 1997.

Desde o início, a planta previa a produção com o mínimo de poluição. Todas as máquinas foram projetadas para consumir o mínimo de energia e água possível. O telhado da fábrica possibilita máximo aproveitamento da luz solar, diminuindo o uso de energia elétrica. A Fábrica possui uma Estação de Tratamento de Efluentes (ETE), que trabalha com padrões acima dos especificados pela lei, e os filtros instalados nas chaminés deixam os gases 81.7% mais limpos do que a legislação exige.

Há uma busca constante pela melhoria. Nos últimos dois anos, o consumo de água na planta caiu 23%, fruto de melhorias nas máquinas de usinagem e também de programas de conscientização dos empregados.

Dois trabalhos desenvolvidos pela Fábrica beneficiam também a comunidade. O primeiro é um sistema de monitoramento do lençol freático da região. Quatro poços com 16 metros de profundidade foram perfurados no terreno da planta industrial. Regularmente, os técnicos da ETE recolhem amostras da água para análise. Como a Fábrica fica na parte mais baixa do distrito industrial de São Carlos, qualquer anomalia pode ser rapidamente detectada. Cerca de 50% de toda a água consumida na cidade vem de córregos e mananciais abastecidos pelo lençol freático da região.

 

Ficha Técnica - Motor EA 111 1.6

Cilindrada: 1.598 cm3
Nº de cilindros: 4
Diâmetro dos cilindros: 76.5 mm
Curso dos pistões: 86.9 mm
Taxa de compressão: 10.8:1
Potência máxima: 101 cv a 5.500 rpm
Torque máximo: 140 Nm a 3.250 rpm
Cabeçote: alumínio com RSH
Bloco: ferro fundido
Coletor de admissão: fluxo constante
Sistema de gerenciamento Bosch ME 7.5.10

Desempenho do Golf EA-111 1.6 (comparativo com o modelo anterior EA-113 1.6)

Motor EA-111
Velocidade máxima: 184 km/h a 5.838 rpm
Aceleração de 0 a 100 km/h: 11.7 s
De 0 a 400 m: 18.7 s
De 0 a 1000 m: 33.9 s
Retomada de 60 a 100 km/h em 4ª: 9.7 s
Em 5ª: 13.6 s
Retomada de 60 a 120 km/h em 4ª: 15.3 s
Em 5ª: 21.7 s

Consumo (km/l)
Cidade: 11.7
Estrada: 16.9
Média: 14.0

 

Motor EA 113
Velocidade máxima: 184 km/h a 5.617 rpm
Aceleração de 0 a 100 km/h: 11.7 s
De 0 a 400 m: 18.6 s
De 0 a 1000 m: 33.7 s
Retomada de 60 a 120 km/h em 4ª: 16.2 s
Em 5ª: 22.9s

Consumo (km/l)
Cidade: 11.4
Estrada: 16.9
Média: 13.8

 

 


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