Bentley Continental GTC |
Edição: Ignacio Montanha
Imagens: Divulgação Bentley
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Data: 12 de Abril de 2007 |
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Continental GTC, o conversível de luxo 2+2 da Bentley, foi oficialmente apresentado em 2005 no Salão Automóvel Internacional de Nova Iorque. O modelo surgiu para completar a linha Continental, sucedendo à introdução do Continental GT de 2003 e do Continental Flying Spur também de 2005. (Abaixo a linha Continental em ordem de lançamento)
Com uma velocidade máxima de 312 km/h, um eficiente sistema de tração nas quatro rodas, motor 12 cilindros em W Bi-turbo, suspensão pneumática e uma carroceria reforçada estruturalmente para compensar a exclusão do teto; o Continental GTC revela todo o seu equilíbrio.
“O Continental GTC é, até agora, o novo Bentley mais distinto”, como explica o responsável pela Bentley Motors, Dr. Franz-Josef Paefgen:
“É muito elegante e, simultaneamente, moderno. Vai seduzir muitos clientes: pessoas que estão cansadas de conduzir carros esportivos que exigem muito esforço, pessoas que pretendem um nível de conforto que não encontram nos conversíveis tradicionais e desejam uma auto-afirmação sobre o que conduzem, podendo ainda ser utilizado todos os dias do ano.”
O Continental GTC torna-se o segundo conversível a integrar a atual marca Bentley. Foi apresentado após o regresso anunciado do Azure, um conversível de quatro lugares baseado no Arnage. (imagem abaixo)
Enquanto o Azure espelha status, sofisticação e o máximo conforto, o Continental GTC foi concebido pensando nos clientes que valorizam a performance e o estilo esportivo do Continental GT, com os benefícios adicionais de um conversível.
Estilo
Dirk van Braeckel, Director de Design da Bentley Motors, explica:
“A postura esportiva do Continental GTC é única e bastante diferente da do Continental GT coupé, devido à sua capota compacta e um deck traseiro maior. Com a capota rebaixada, o exterior funde-se com o interior, minuciosamente trabalhado pelos artesãos.”
O responsável pelo Design Exterior, o brasileiro Raul Pires, conta como o projeto foi executado:
“A nossa idéia baseou-se no desejo de conceber linhas que fossem simples e elegantes, isso foi essencial. Trabalhavamos muito próximos dos engenheiros para conseguir uma seção traseira e um compartimento para a capota com linhas limpas. Se for observada a dianteira e traseira do carro, facilmente se percebe que esse objetivo foi alcançado: na dianteira, o fluxo das linhas do capô direciona-se para o radiador, e na traseira, as linhas do compartimento da capota para o pára-choques traseiro, dando ao veículo um verdadeiro equilíbrio.”
Acabamento Interno
Devido à sua natureza de um veículo conversível, é perfeito para demonstrar a supremacia do trabalho artesanal e requinte, pois todo o habitáculo fica visível ao recolher-se a capota, por esse motivo a Bentley deu atenção especial à alguns detalhes que veremos à seguir.
Robin Page, responsável pelo Design de Interiores, revela a importância de assegurar que os departamentos de Design Exterior e Interior, trabalhem em conjunto:
“Com a capota recolhida, a beleza e magnitude do interior, emoldurado por um friso de aço inoxidável que percorre a linha de cintura, são imediatamente percebidos. Dentro desta moldura, o interior apresenta-se com uma combinação do mais requintado couro, trabalhado com maestria, madeiras nobres e metais polidos. É a mais recente prova das capacidades exímias dos artesãos da Bentley.”
Como já é habitual no Design de Interior da marca, foi dada grande ênfase à elegância do interior, recorrendo a um misto de metais polidos e acetinados, idênticos aos utilizados pela indústria relojoeira moderna.
Os clientes têm à disposição a possibilidade de escolher oito tonalisdade para a parte interior da capota, permitindo-lhes criar um ambiente mais claro, voltado para o luxo, ou mais escuro, se a preferência recair sobre a esportividade.
Trabalho Artesanal
Naturalmente, as aplicações em madeira e revestimentos em couro continuam a ser parte integrante da herança da Bentley e, muito mais visíveis no Continental GTC, provando que estes materiais tradicionais ainda proporcionam uma sensação de requinte e bom gosto.
Embora o trabalho dos artesãos continue tão importante quanto no passado, as suas preciosas aptidões têm sido complementadas por alguma tecnologia do século XXI, permitindo, por exemplo, moldar as tiras de madeira de uma forma que há alguns anos atrás seria, impossível. São esses pequenos detalhes, que enaltecem a diferença entre um Bentley e outros fabricantes.
Tecnologia Embarcada
Os proprietários do Continental GTC não vão precisar de mais nada dentro do carro, estejam atrás do volante ou apreciando a viagem como passageiros. O interior do carro é equipado com a mais avançada tecnologia, desde a capota operada eletro-hidraulicamente, portas "power-latching" e bancos dianteiros elétricos totalmente ajustáveis (opcionalmente com função de massagem), ar-condicionado bi-zona e avançado sistema infotainment.
Sendo assim, o Continental GTC combina as tradições mais requintadas da marca, à tecnologia atual, sendo introduzidas soluções modernas, porém sem quaisquer implicações negativas no prazer em dirigir ou no conforto dos passageiros, seguindo a filosofia Bentley, onde cada dispositivo ou sistema de segurança tem que servir a um propósito antes de ser adicionado.
Chassis e Rigidez Estrutural
Havia um objetivo muito bem definido quando a equipe de engenheiros começou a trabalhar no Continental GTC: criar um conversível com o comportamento mais próximo possível ao do coupé. Ao retirar o teto (uma parte integrante da estrutura da carroçaria que proporciona rigidez ao chassis) aumenta-se consideravelmente a tendência de torção e vibração de sua estrutura. Conseqüentemente, os engenheiros estavam determinados a eliminar qualquer tipo de vibração, e deram início a um programa de desenvolvimento intensivo com o objetivo de assegurar que a carroceria de aço tivesse uma rigidez torsional na ordem dos 30 Hz, um alto elevado para um conversível.
Proteção Anti-Capotamento
O segundo objetivo para a equipe de engenharia foi o de assegurar que a capota retrátil do carro fosse o mais perfeita possível, ao mesmo tempo que ocupasse um pequeno espaço quando recolhida atrás dos bancos traseiros. Rebatível em 25 segundos, este é um feito notável, especialmente tendo-se em conta a complexidade do mecanismo da capota, iIgualmente impressionante a atenção aos detalhes com a inovadora construção em três camadas.
Para assegurar a segurança dos ocupantes, um sistema de protecção anti-capotagem foi instalado abaixo dos encostos de cabeça traseiros. Se os sensores de inclinação avisarem o computador-de-bordo, que o veículo está prestas a capotar, dois arcos de aço são ejetados em meio segundo, trabalhando em conjunto com a forte estrutura do pára-brisas, para proteger os passageiros nos bancos dianteiros e traseiros.
Motor e Performance
O Continental GTC é propulsionado pelo inovador motor W12, trata-se de uma "união" de dois motores VR6 (15º), num ângulo de 72º entre as bancadas, possui 6 litros de deslocamento; seus cabeçotes com duplo comando e quatro válvluas por cilindro, são equipados com variador de fase tanto na admissão quanto no escape, permitindo uma alteração na abertura das válvulas em 52º graus para a admissão e de 22º para o escape; a taxa de compressão, elevada para um modelo turbocomprimido movido à gasolina é de 9.5:1; a sobrealimentação fica a cargo de dois turbocompressores KKK refrigerados à água, trabalhando com 0.7 bar de pressão máxima; equipado com intercooler ar-ar; gerenciado por uma central Bosch Motronic 7.1.1, entre outros detalhes desse propulsor "state-of-art". A união de tudo isso proporciona partindo da imobilidade, atingir 100 km/h em apenas 4.8 segundos, e a uma velocidade máxima de 312 km/h (321 km/h no Coupé). Esta admirável obra da engenharia, produz 560cv de potência à 6.100rpm e atinge o lendário torque de 66kgmf à apenas 1.600rpm, a marca indelével de todos os Bentleys, garantindo uma elasticidade impressionante.
Toda a força do motor W12 Bi-Turbo do Continental GTC é transferida às rodas através de uma transmissão automática de seis velocidades, construída pela ZF (6HP26), tem como particularidade uma redução de 30% em peças em relação à um 5 marchas automático convencional. A transmissão pode trabalhar em modo automático ou manual seqüencial, no qual as mudanças podem ser realizadas pelo condutor, através da alavanca de mudanças ou dos comandos dispostos atrás do volante.
A tração é integral permanente com divisão de 50%/50% quando se roda normalmente, o sistema é composto por três diferenciais, sendo o central Torsen, sendo este o responsável pela divisão de torque à ser realizada de acordo com a exigência do momento.
Seu sistema de freios fornecidos pela Teves, possuem pinças de 8 pistões e os maiores discos dianteiros ventilados utilizados até hoje em um carro de produção em série, com 405mm de diametro e 36 de espessura, na traseira são utilizados discos ventilados de 335mm e 22mm de espessura, garantindo assim potência de frenagem suficiente para imobilizar seus 2.495kg de peso.
O Continental GTC dispõe como equipamento de série, rodas aro 19" calçadas com pneus 275/40, opcionalmente pode-se optar por rodas aro 20" com pneus 275/35.
Com o lançamento do GTC, fica concluída a linha Continental. Três anos após a introdução do GT coupé, os clientes Bentley têm à disposição três modelos excepcionais, todos com personalidade e apelo únicos.
Para encerrar, nada melhor que a definição do responsável máximo da Bentley, Dr Franz-Josef Paefgen sobre o GTC:
“As proporções do Continental GTC são o expoente máximo da elegância, este é um conversível moderno e que se distingue claramente do Coupé. Como primeiro modelo da família Continental, o GT foi responsável por uma nova era da marca Bentley em todo o mundo mas é o Continental GTC o carro mais emocional da família."