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VW TDI - Pioneirismo no Canadá

Texto: Diego Silvestre
Arte: Arved Loumberg
Edição: Ignacio Montanha

Data: 01 de Janeiro de 2006

- Março de 2003 : Os Estados Unidos entraram em guerra com o Iraque, uma das maiores reservas de petróleo do mundo.

- Agosto de 2005 : Morre o Rei Fahd da Arábia Saudita, abrindo espaço para todos os tipos de boatos em torno da sucessão.

- Outubro de 2005 : Furacão Wilma atinge o Golfo do México, comprometendo grande parte das reservas americanas de petróleo por tempo indeterminado.

Esses três fatos foram os mais graves ao lado de diversos outros que contribuíram para elevar o preço do petróleo a níveis jamais vistos, aumentando 300% no período de 3 anos.

 

Com o litro da gasolina cada vez mais caro, ficou difícil saciar a sede dos enormes V6 e V8 locais, e as alternativas eram quase inexistentes já que a produção e distribuição do etanol proveniente do milho não atinge nem 5% dos postos, além de apenas uma ínfima parcela dos veículos é preparada para rodar com esse tipo de combustível.

Sobraram duas alternativas: A dos carros híbridos e dos movidos a diesel.

As marcas japonesas já tinham em seus revendedores alguns modelos híbridos, equipados com pequenos motores elétricos que auxiliam o motor principal a gasolina nas baixas velocidades. Mas esses modelos possuiam um desenho mais parecido com filmes de ficção do que com o mundo real, sendo considerados “estranhos” pela maioria, além de constantemente serem alvo de piadas e desconfiança.

Já a Volkswagen mantinha há tempos, mais precisamente, desde 1979, alguns de seus automóveis equipados com motores à diesel, mesmo que com vendas tão tímidas que chegava a ser questionável a presença desses modelos no mercado.

Mas em 2003 as coisas começaram a clarear para o lado da VW, e esses carros, com destaque especial para o Jetta, deixaram de ser simples micos para se tornarem objetos de desejo daqueles que queriam um carro confiável, confortável, preço acessível e o principal: baixo consumo de combustível, a autonomia pode chegar a 1000 km como no Jetta IV 1.9TDi 100cv. Atualmente, no Canadá, 40% dos VWs vendidos são movidos a óleo diesel. ( OBS: O preço da gasolina e do diesel é semelhante no Canadá, girando em torno dos CA$0.85 por litro, o mesmo que R$1.70.).

Os carros híbridos ainda sofrem pra ganhar a confiança do consumidor local, tradicionalmente conservador e avesso à mudanças bruscas; só estão ganhando adeptos agora que as montadoras deixaram de lado os desenhos futuristas de carros como Honda Insight e Toyota Prius passando o modelos convencionais e consagrados no mercado, como Honda Accord e Civic e o Toyota Camry.

Já os modelos movidos a diesel não sofreram tanto com isso, pois é uma tecnologia testada e aprovada no mundo todo, a patente desta criação de Rudolf Diesel data de 1898. Seja em automóveis de passeio ou utilitários, foram vencidos os problemas de baixa potência, alto ruído e da famosa fumaça preta, fatores que não despertam mais rejeição no consumidor, inclusive sendo muito elogiados pelo seu alto torque disponível em baixas rotações, algo muito apreciado, pra não dizer indispensável, por quem está acostumado com os grandes V6 e V8.

Hoje é comum ouvir o ruído característico dos motores a diesel modernos quando algum VW pós-2002 se aproxima, nas grandes cidades como Toronto, a impressão que se tem é de que existem mais VW movidos a diesel do que a gasolina.

Agora as montadoras locais estão se adaptando aos novos tempos e lançando suas alternativas para reduzir o consumo dos automóveis. A General Motors está equipando os seus pickups e utilitários com a tecnologia chamada Displacement on Demand, introduzida pela Cadillac em 1981 e posteriormente “copiada e melhorada” pela Mercedes, onde metade dos cilindros são desativados quando não são necessários sendo instantaneamente ativados quando for solicitada mais força, sem que haja qualquer intervenção ou percepção por parte do motorista, reduzindo o consumo de gasolina e emissão de poluentes em cerca de 25%.

A Ford introduziu um cabeçote redesenhado nos seus motores V8, aumentando de duas para três válvulas por cilindro e otimizando a queima dos gases e aumentando o torque em baixas rotações, fazendo com que seja necessária menor pressão no acelerador para ter o mesmo torque disponível numa mesma rotação; essa simples mudança foi suficiente para reduzir 15% do consumo. Os pequenos utilitários esportivos gêmeos, Ford Escape e Mazda Tribute agora possuem a opção de motores auxiliares elétricos, como os veículos são equipados com o motor 4 cilindros da família Duratec, tal como o Ford Focus, que poderá se tornar híbridos em pouco tempo.

Enquanto essas tecnologias não amadurecem e o preço do petróleo continua nas alturas, e a Volkswagen do Canadá vai rindo a toa com seus modelos movidos a diesel, que até pouco tempo tinham sua continuidade no um motivo de preocupação.

 



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