Jetta - Primeira à Quinta Geração |
Texto: Adriano Gaspar
Edição: Ignacio Montanha
Imagens: Divulgação VW
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Data: 23 de Dezembro de 2004 |
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O Golf de três volumes nunca foi um grande sucesso na Europa isso todos nós sabemos, já na América do Norte, é o carro europeu de maior sucesso comercial. Então, porque fazer a quinta geração do modelo ao gosto dos europeus se os principais clientes são os americanos ?
Assim nasce o Jetta V, um carro totalmente novo, baseado na plataforma do Golf V, maior e tecnicamente melhor desenvolvido, pronto para a encarar os rivais japoneses que dominam o mercado principalmente no Estados Unidos e Canadá. Sua estréia em 2005 também comemorará seu aniversário de 25 anos de presença neste continente.
O carro aumentou 180 mm no comprimento, chegando aos 4550mm, na largura cresceu 25mm milímetros, somando 1760mm, e o entre-eixos cresceu 66 mm, possuindo agora 2570mm.
Sua forma fluida segue o gosto dos americanos, mas sem perder as características européias. O modelo inaugura a nova fase de estilo da VW, com grade superior e inferior formando uma peça única e polida; os faróis pela primeira vez são os mesmos do Golf; o pára-choques é o mesmo da versão GTi do hatchback; de perfil o carro recebe um vinco acima das maçanetas, que começa nos faróis terminando nas lanternas; o terceiro volume está maior, mas sem aparecer uma adaptação como na segunda geração; as lanternas agora são transversais invadindo a tampa do porta-malas e a placa não muda de posição.
No interior, existem poucas diferenças em relação ao Golf: os controles do piloto automático não estão mais na alavanca das setas, pois agora existe uma alavanca só para eles, também na coluna de direção como no Jetta IV; o porta-revistas da porta do motorista possui, além do botão para abrir a tampa do combustível, o botão para abrir o porta-malas e a chave para bloquear essas funções; o porta copos no console tem outro formato, sem tampa; existem botões para trancar e destrancar o carro em todas as portas. Em relação ao Jetta IV, o carro terá mais espaço, tanto na dianteira como na traseira, graças ao aprimoramento dimensional no entre-eixos e largura. Possui também mais itens de conveniência, como o ar condicionado com 2 zonas de climatização e saídas de ar para o banco traseiro.
No campo da segurança, o Jetta recebeu 6 airbags, sendo 2 frontais para motorista e passageiros, 2 laterais e 2 cortina, recebeu também ABS de nova geração e um novo e avançado sistema de controle de estabilidade (ESP); existem cintos de seguranças de 3 pontos para todos os passageiros, encostos de cabeça dianteiros ativos, pedais desarmáveis em caso de colisão, entre outros.
O motor 2.0 de 116cv que há tempos já não satisfazia mais o consmidor pelo seu rendimento baixo em relação ao peso das novas versões, foi trocado por um motor 2.5 de 5 cilindros e 150cv, derivado do motor V10 do Lamborghini Gallardo que por sua vez deriva do 4.2 V8 da Audi, podendo ser equipado com cambio Tiptronic de 6 marchas. Pela grande cilindrada e pequena potência, esperamos uma elasticidade ao gosto do consumidor norte-americano, é provável que este propulsor disponha de uma versão mais potente. A Volkswagen também confirma um motor TDI para o final do ano, podendo ser equipado com o cambio DSG, mas não dá informações sobre potencia ou cilindrada. Futuramente, outros motores a gasolina devem fazer parte dessa gama.
A montagem da quinta geração do Jetta será realizada na planta mexicana de Puebla-México onde já era fabricado seu antecessor, em segundo-plano também sairá da mesma linha de montagem o Golf V.
A estréia mundial no novo Jetta acontecerá no Salão Internacional de Los Angeles, no dia 5 de janeiro de 2005. Suas vendas no mercado americano devem começar logo em seguida.
Como sempre, ainda não se sabe quando o hatchback e o sedã desembarcarão no Brasil, apesar do nosso mercado ser muito vasto, não será novidade se nossos vizinhos argentinos novamente receberem os novos modelos antes e possuírem mais opções que em nosso país, mesmo que as vendas e o lucro por lá sejam muito menores. Lamentável esse descaso com o consumidor pela Volkswagen do Brasil, fato que nos entristece profundamente.
Talvez esteja aí a explicação da expressiva e merecida queda de participação da VW no mercado nacional.