Race Touareg - Dakar 2004 Texto e Edição: Ignacio Montanha Imagens: Divulgação VW Data: 01 de Dezembro de 2003

Após a experiência com o Tarek em 2003, que rendeu bons frutos, como o veículo diesel tração traseira com melhor desempenho, superando inclusive categorias superiores, para 2004 a VW espera conseguir o título na categoria T2, roubando talvez o trono dos Pajero e afrontando a BMW, que teve um bom resultado no Dakar de 2003 com o X5, mas nas competições seguintes isso não se repetiu devido as quebras mecânicas. 

Para disputar o Dakar de 2004, com a VW Motorsport sob nova direção, foi criado um veículo totalmente diferente do que competiu em 2002, agora com tração integral; serão utilizados 2 veículos que deverão cobrir cerca de 11.000 km da França ao Senegal, a competição acontecerá do dia 1º à 18 de janeiro.

Essas imagens aconteceram durantes os testes, este por sinal foi o mais árduo até agora, de 10 a 25 de novembro, no deserto marroquino..

Segundo a piloto Jutta Kleinschmidt, o Touareg T2 tem um comportamento dinâmico muito balanceado e de imediato provou ter um grande potencial; o co-piloto Bruno Saby citou que o veículo é muito equilibrado devido à distribuição de peso.

A estrutura é do tipo "space frame", tubular em aço aeronáutico e não pesa mais que 400 kg, a carroceria é composta por painéis de fibra de carbono, que juntos não superam 50kg de peso. 

A suspensão é do tipo "double wishbone" com braços duplos, com 2 amortecedores por roda, com um curso limitado a 250mm pelo regulamento.

O motor é o 5 cilindros TDi, a cilindrada é limitada pela FIA para a categoria T2, por ser um motor diesel, com vantagem eminente em torque, para atender a norma, o Race Touareg tem q pesar no mínimo 1750kg, e também por ser turbocomprimido não poderia exceder 2.333 cm3.

A tração é integral permanente com 3 diferenciais, cumprindo com eficácia a função de transmitir os 45 kgmf de torque para o solo, que é dos mais degradados numa competição como essa, sendo proibido qualquer tipo de assistência eletrônica, e toda essa força é aproveitada por um câmbio de 6 marchas. 

Para aumentar a agilidade e melhorar a dirigibilidade e transferência de massas, o peso é concentrado entre os eixos, resultando numa distribuição de 50/50, com o tanque de combustível montado numa posição extremamente baixa, garantindo a redução da altura do baricentro (centro de gravidade).

Para facilitar a manutenção, várias peças são intercambiáveis, como as árvores de transmissão, componentes da suspensão, etc. Reduzindo o tempo gasto pelos mecânicos, o número de peças sobressalentes diferentes e o gasto da equipe.

Agora só nos resta esperar, mas fica a pergunta:

Será que vai repetir o bom resultado do Tarek, ou irá superá-lo ?