Texto e Edição: Ignacio Montanha Data: 24 de Julho de 2003

 

 

 Atenção, as imagens não são oficiais, apenas uma prévia das linhas do futuro modelo.

- A grande dúvida é se a quinta geração do modelo manterá o motor disposto na longitudinal ou transversal. Muitos boatos já foram divulgados, no início era esperado que o modelo mantivesse a disposição da quarta geração, especulava-se até uma versão R40 usando o motor W-8; mas atualmente com o projeto em estágio final, já se a uma certeza que como na terceira geração o motor será posicionado na posição transversal, impedindo assim o uso do motor de 8 cilindros em V, o W8 que poderia ter alguma possibilidade de equipar o modelo por ser compacto, será descontinuado.

Tudo está escrito no código da plataforma, que é PQ-46, ou seja, Plataforma que utiliza motores transversais, Série 4 (acima do Lupo, Polo e Golf) e Sexta geração; acabando por vez com as dúvidas quanto a posição do propulsor. O lançamento será feito em 2004 e já existem estimativas que o Passat sedã seja lançado em abril, a Variant em junho de 2005 e a segunda geração da Sharan em abril de 2006.

 

 

Como aconteceu na época do Passat 35i, que usufruía da disposição transversal, tração integral Syncro por embreagem mutidisco e os compressores G para se diferenciar tecnicamente dos modelos da Audi, que usavam motores longitudinais, tração integral com três diferenciais (Torsen) e turbocompressores. Agora novamente, esse distanciamento da Audi na linha Passat volta a se repetir, pois os modelos com tração integral 4motion usarão a embreagem multidisco Haldex exclusiva das plataformas com motores transversais e que também impedem a instalação de motores em V de maior angulação, como o V6 atual do Passat, V6 Tdi e o W8 já citado.

 

- Abaixo as imagens de uma "mula" que faz os testes de resistência da plataforma PQ46.

 

A grande controvérsia é o abandono da suspensão dianteira multilink, responsável pela excelente motricidade dos modelos tração dianteira surgidos em 1997; para a próxima geração é esperado que a solução seja mais simples semelhante à macpherson usada no Golf V, que provavelmente irá causar uma piora no comportamento dinâmico dos modelos tração dianteira; a suspensão traseira finalmente abandona o eixo de torção, para a adoção do sistema multilink que agora será disponível em toda a linha, deixando de ser exclusividade dos modelos com tração integral, melhorando principalmente o conforto para os passageiros do banco de trás. Os câmbios deverão ter as mesmas opções que serão disponíveis no Golf V, incluindo o seqüencial DSG.

 

 

O desenho finalmente será mais inspirado, distanciando da Audi e fugindo um pouco do tradicional e discreto "design industrial" da VW, que apesar de garantir a longevidade das linhas de seus modelos tem o preço pago pela falta de inspiração e apelo emocional. Internamente o modelo fará jus à transição da marca para o segmente premium, com uma combinação mais requintada de materiais  (veludo/couro/alcântara e madeira) e qualidade superior aos atuais; que são referência no segmento. As dimensões não serão superiores ao modelo atual, a maior mudança ocorrerá no aumento da distância entreeixos, além da disposição do motor, que permitirá um melhor aproveitamento do espaço interno, como pôde ser comprovado na terceira geração. Também deverá ser posto em prática o esquecido projeto do Passat Plus, que chegou a ser cogitado na geração atual, será um Passat com entreeixos maior ainda, diminuindo a distância mercadológica entre os modelos familiares da linha, que são o Passat "normal" e o Phaeton.

Desde a versão básica, o modelo contará com um equipamento de série realmente completo que incluirá: Seis airbags; ABS; BAS, ESP, Ar condicionado Climatronic "duas zonas", trio elétrico, direção assistida eletricamente e mais alguns extras. 

 

 

Sobre a motorização, a VW pretende revolucionar, com os novos motores FSi Turbo, com injeção direta de gasolina e os primeiros no Mundo a utilizar turbocompressor, acabando por vez com a principal desvantagem dos motores turbo de injeção indireta, que é o alto consumo de combustível quando o motor é exigido ao máximo, em altos regimes. Inicialmente apenas uma unidade FSi turbo será disponível, aumentando a gama de propulsores de acordo com o tempo. Abaixo alguns dos motores que equiparão o modelo.

 

Gasolina (apenas FSi)	Diesel (TDi)
1,6 FSI 16V - 115cv / 15.5kgmf 2,0 FSI 16V - 150cv / 20 kgmf 2,0 FSI Turbo16V - 180cv / 24.5kgmf 3,2 FSI 24V - 240cv / 32kgmf	1,9 TDI 8V - 100cv / 24 kgmf 2,0 TDI 16V - 115cv / 32 kgmf 2,0 TDI 16V - 136cv  2,5 TDI 20V - 185cv / 45 kgmf

 

Para completar a linha, deverá ser lançado o Passat R32, que com o V6 ( VR6) 3.2 FSi deverá render algo em torno de 300cv. O câmbio seqüencial DSG será disponível para os motores 4 cilindros, como limite máximo de torque até 25 kgmf e outro DSG para suportar valores de torque de até 50 kgmf, como os motores V6 3.2 e TDi 5 cilindros. Também serão disponíveis câmbios manuais de 5 e 6 marchas e o automático de 6 velocidades (conversor de torque).

Também será desenvolvida finalmente uma versão cupê e existem boatos sobre um modelo conversível com capota rígida retrátil. As fotos abaixo são baseadas nas linhas do concept Skoda Tudor.